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Poesia e Selvajaria de Vera Mantero, 1998

Estreada em 1998 no âmbito do Festival Mergulho no Futuro, no Pequeno Auditório do CCB, Poesia e Selvajaria é uma das criações mais emblemáticas de Vera Mantero. A peça nasce do espanto perante a condição humana – a capacidade de criar o sublime lado a lado com o brutal – e afirma-se como uma procura de liberdade através do corpo. Um corpo despojado de códigos, aberto ao desconhecido, que se move com a ingenuidade de um ser primordial, à descoberta de si, dos outros e do mundo. Em cena, um grupo de intérpretes habita um espaço de transgressão sensível, propondo uma "selvajaria positiva": um estado de escuta instintiva, onde se experimentam novas formas de existir e de comunicar, para lá da palavra. A proximidade física com o público convida a um envolvimento mais directo e visceral. «Somos povos presos aos nossos corpos. Somos sedentários, cerebrais, comunicamos sobretudo através da palavra», afirma Mantero. Esta peça é, acima de tudo, um convite à sua libertação.


Liberdade. Imanência.
(de onde me surgiu esta ideia de liberdade?)
Liberdade como disponibilidade para as pulsões, disponibilidade para as ouvir e disponibilidade para as levar a cabo de alguma forma. Ouvir essas pulsões em nós, e abraçá-las, abre um campo enorme de possibilidades, cria uma energia para construir, dá uma sensação de sentido, há sentido para fazer as coisas, ou a energia cria sentido.
Gosto desta ideia, a energia cria sentido.
Pareceu-me que a liberdade é aquilo que torna possível entrar-se na imanência.
Provavelmente sem liberdade não se pode entrar nela.
Deve ser por isso que estou sempre a cair na ideia de abandono, um largar das amarras à nossa volta, na ideia de abandono e de abertura, e todas suas afins.

      Vera Mantero

Ficha técnica

Direcção Artística
Vera Mantero

Performance e co-criação
Nuno Bizarro, Ana Sofia Gonçalves, Vera Mantero, Margarida Mestre, Frans Poelstra, Christian Rizzo

Assistência Artística
Lília Mestre

Concepção visual
Nadia Lauro

Figurinos
Nadia Lauro e toda a equipa

Luzes
Cathy Olive

Adereços e Contra-regra
Marta Rego

Banda Sonora
Christian Rizzo

Som, Direcção Técnica
Rui Dâmaso

Produção Executiva
EIRA / Delphine Goater / O Rumo do Fumo

Co-produtores
Instituto Português de Artes e Espectáculos / Centro Cultural de Belém/ Mergulho no Futuro-Expo 98 e EIRA.

Apoio
Centa, Casa de Mateus

Cronologia

19 - 23 Setembro 2001, Festival International de Nouvelle Danse, Montreal, Canadá
28 - 30 Maio 2001, Théâtre de la Ville, Paris, França
28 Outubro 2000, Teatro Carlos Gomes, Rio de Janeiro, Brasil (Miguel Pereira participou neste espectáculo em substituição de Christian Rizzo)
26 Outubro 2000,Teatro SESC Pompéia, São Paulo, Brasil (Miguel Pereira participou neste espectáculo em substituição de Christian Rizzo)
2 - 3 Julho 2000, Festival Montpellier Danse, Montpellier, França
11 - 12 Fevereiro 2000, Festival Danse(s) à Brest, Le Quartz, Brest, França
28 - 29 Outubro 1999, Moving Mime Festival, Tilburg, Holanda
16 Outubro 1999, Dietheater, Viena, Áustria
13 Setembro 1999, La Bâtie – Festival de Genéve, Geneva, Suiça
18 - 19 Agosto 1999, Internationales Tanzfest Berlin, TanzWerkstatt Berlin, Berlim, Alemanha
7 Maio 1999, Kunst – und Ausstellungshalle der Bundesrepublik, Bonn, Alemanha
26 - 27 Março 1999, Month of March - Mês de Vera, Culturgest, Lisboa, Portugal
1998, Balleteatro, Porto, Portugal
Estreia - 21 - 22 Agosto 1998, Festival Mergulho do Futuro, Centro Cultural de Belém, Lisboa, Portugal
© João Tuna
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