Fantasmá é uma peça para três intérpretes, marcando uma viragem na minha prática: a passagem dos solos para uma criação em grupo. Explora a espectralidade, a fantologia e o fantasmático, ao mesmo tempo que revisita o universo artístico que venho desenvolvendo nos últimos anos e lança bases para novos horizontes de criação.
O que acontece com as palavras que desaparecem de uma língua, caindo em desuso?
E as palavras novas, vindas de outras línguas — o que trazem além do simples significante?
Carregam os fantasmas de uma cultura estrangeira na língua que as acolhe?
E o que essas palavras fazem aos nossos corpos?
Para além destes dispositivos linguísticos e audiovisuais, Fantasmá investiga também o próprio aparelho teatral como gerador de espectros e fantasmas. A presença e ausência do corpo, a sobreposição de vozes, o jogo entre o visível e o sugerido criam um campo instável onde a percepção está em constante deslocamento.